O fim do solo do Miles traz-me de volta à realidade, imerso na luz suave espalhada pelo candeeiro no canto da sala. Na rua é de noite. Cá dentro lembro-me do vinho no decantador.
Não sei há quanto tempo estás assim, olhando para fora, a silhueta recortada contra a janela aberta por onde vai entrando uma brisa quente talvez por causa dos fogos de Agosto... ainda que eu desconfie que é o contacto com o teu corpo que a aquece.
Sinto-te um ligeiro estremecer quando ouves o som do vinho a cair no copo, mas manténs-te de costas voltadas, olhos no firmamento (ou será ao contrário?). Não te consigo ver o rosto, por isso prefiro acreditar que estás a sorrir.
Humm... perfeito. Este vinho sabe-me a tranquilidade.
12.IX.2008
4 de maio de 2009
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